Continuando a tirar a poeira das hqs e contribuindo para o vício em naftaina, vamos para mais uma resenha pseudo-crítica analítica.
Hoje, vamos variar um pouco e sair do manjado feijão com arroz (também conhecido como Marvel e DC). A edição escolhida é a Graphic Blanche Epifany.

Essa edição foi lançada numa das melhores épocas dos quadrinhos no Brasil. Entre o final dos anos 80 e início da década de 90, haviam hqs para todos os gostos nas bancas brasileiras. A Abril deu tacada de mestre ao lançar a série Graphic Novel, em que eram publicadas histórias fechadas e de qualidade com formato magazine, papel especial e lançada em bancas.
Neste título passaram uma diversidade de personagens, do Demolidor a Blueberry, quadrinistas de Moebius a Will Eisner e temas que iam de futuros apocalípticos a mitologia nórdica.
A edição 19 foi a primeira com uma história francesa: Blanche Epifany.Originalmente lançada na década de 60 (publicada em terras tupiniquins em maio de 1990) foi criada pelo roteirista Jacques Lob e pelo desenhista Georges Pichard.

O grande destaque são os belos desenhos de Pichard, seguindo um estilo art-noveau, apresentando mulheres boazudas e marmanjos caricatos.

Mais Chapolin, impossível...
Outra coisa bem legal são os quadros pretos de recordatórios, que possuem texto parecido com os de filmes da década de 20:

Enquanto defende sua inviolável virgindade, Blanche come o pão que o diabo amassou: tem as roupas rasgadas, é acusada de roubo, é presa, raptada e acaba sendo comprada por um príncipe árabe.


Blanche Epifany mostra que uma boa história não precisa de super-caras bombados, vilões cósmicos e tramas cabulosas. Basta ter um monte de minas gostosas.

O Ministério Psicocada recomenda esta edição!!!

Graphic Novel da Abril só saia coisa fina!
ResponderExcluircoisa fina e barata.
ResponderExcluirHoje, uma hq europeia é o olho da cara...